No dia em que a Ana Luísa Amaral faria anos, estreámos o filme O Que Podem as Palavras nos Estados Unidos, no incrível New Bedford Whaling Museum. A sessão fez parte do International Colloquium THE CARNATION REVOLUTION: GLOBAL PERSPECTIVES. The University of Massachusetts Dartmouth✊❤️✊
Para as mulheres, o 25 de abril demorou a chegar…
Porto Femme 16 a 21 de abril de 2024.
Programação do ciclo “Mulheres de Câmara na Mão, Cinema e Revolução”
No ano em que celebramos o 50.º aniversário do 25 de abril, evocamos o dia em que a poesia saiu à rua, exibindo imagens capturadas por mulheres sobre as várias revoluções.
Para as mulheres, o 25 de abril demorou a chegar… basta recordar que em 1976 , Maria Antónia Palla foi levada ao banco dos réus pela reportagem “Aborto não é crime” uma peça sobre o aborto clandestino. O filme, “Os Cravos e a Rocha”, resgata imagens do primeiro filme coletivo da história do cinema português, e presenciamos o cineasta brasileiro Glauber Rocha a gesticular e a questionar uma jovem mulher sobre a legalização do aborto, ao que ela responde: “Era bom que começassem a legalizar!” Somente 33 anos depois do 25 de abril é que o aborto foi legalizado.
Evocamos “Revolução”, da poeta visual Ana Hatherly, um filme que opera numa montagem muito particular a partir do léxico dos grafites e cartazes do 25 de abril. E num momento em que estamos a viver uma crise na habitação, “Casas Para o Povo” de Catarina Alves Costa tem uma força maior.
“Amanhã” de Solveig Nordlund transporta-nos para a madrugada do 25 de abril pelo olhar de uma criança, e “Caça Revoluções” de Margarida Rêgo explora o poder de uma fotografia para ativar a pós-memória.
Com um recorte temporal entre 1975 e 2015, “ Mulheres de Câmara na Mão- Cinema e Revolução” procura destacar a contribuição das mulheres artistas e realizadoras para a construção de um outro olhar sobre as revoluções realizadas e as por fazer.
Programação de Luísa Sequeira e Rita Capucho