FITEI apresenta na NUNO CENTENO, “A LUZ DA ESTRELA MORTA” de LUÍSA SEQUEIRA. Curadoria: Sama

A LUZ DA ESTRELA MORTA, UMA INSTALAÇÃO CONSTELAÇÃO DE LUÍSA SEQUEIRA ATÉ DIA 25 DE MAIO NA GALERIA NUNO CENTENO

Depois de estrear em salas de festivais de cinema em Lisboa, São Paulo, Rio de janeiro, Roterdão, Estocolmo e outras cidades, a longa metragem, “Quem é Bárbara Virgínia?”, filme sobre a 1ª realizadora portuguesa, que quase fora apagada da história da cinematografia mundial, Luísa Sequeira continua instigada pelo mistério das mulheres eclipsadas da história…

Em “A Luz da Estrela Morta”, Luísa apresenta uma continuidade da sua investigação cinematográfica, que consiste numa instalação constelação, que conta com um filme, “Becomingeness”, o vídeo ensaio “ Discursos Transgressivos”,  que faz um paralelo entre os filmes, “Aldeia dos Rapazes” de Bárbara Virgínia e “Zéro de Conduite” de Jean Vigo, uma série de quadros em pequenos e médios formatos, que mesmo produzidos em técnica mista, detectamos uma predominância do procedimento da colagem, técnica familiar para a artista, que trabalha neste método como uma extensão natural do processo de montagem em filmes. Além de objectos escultóricos dispostos tridimensionalmente na área de projeção dos vídeos.

A LUZ DA ESTRELA MORTA, DE LUÍSA SEQUEIRA ATÉ DIA 25 DE MAIO NA GALERIA NUNO CENTENO

Todo o corpo de trabalho apresentado nesta instalação tem ares de provocação… O olhar é o tema, tanto as variações de composição nas colagens, onde vemos os olhos de Bárbara Virgínia hipnoticamente sequenciados, quanto no nosso próprio olhar enquanto espectadores e testemunhas das revelações expostas por Luísa. Como se diz, “os olhos são o espelho da alma”, nos vemos todos reflectidos nos olhos de Bárbara que agora são apropriações de Luísa.

A série apresenta variações sutis de composição, que são o suficiente para estabelecer leituras de poéticas distintas. A série do “olhar”, sempre com o fundo a negro, como uma máscara de tela cinematográfica, remete-nos aos efeitos visuais analógicos, tão caros aos realizadores surrealistas.

Ainda numa referência surreal, temos a espectadora obliterada, um escultórico de formas femininas, saída de um sonho,(ou pesadelo), a cumprir o mero papel de espectadora, sem possibilidade de ação ou opinião, imobilizada e isolada do mundo ao seu redor por estar envolta em sacos de plástico, a mesma matéria que agride o nosso planeta, estaria esta personagem condenada a uma eterna passividade? Mais uma provocação poética de Luísa.

A maior peça da instalação é uma composição de telas iluminadas dispostas no chão formando uma cruz. Longe de ser um epitáfio para Bárbara Virgínia, testemunhamos aqui outras referências a história do cinema. A ironia da peça consiste no peso da cruz que estas e outras muitas mulheres carregaram, e ainda carregam para serem reconhecidas numa história escrita em grande parte pelos os homens. A provocação da cruz de Luísa apresenta também outros enigmas que vão além das questões de género, há também nestas telas, fragmentos de jornais e revistas, muito de uma memória historicamente recente, como um “frame” do 1º filme produzido, “O Cavalo de Muybridge” além de uma imagem da própria artista, que se coloca como mais um elo desta narrativa universal.

Quanto mais virtuais nos tornamos mais necessidade de materialidade temos. A LUZ DA ESTRELA MORTA é muito mais do que uma variação de suporte para a exploração de um mesmo tema. Há neste projecto de Luísa Sequeira, uma ambição de corporalidade que nos envolve a todos através de uma constelação de vários objetos artísticos.

Sama

Instalação constelação “A Luz da Estrela Morta”

Exposição de Luísa Sequeira na galeria Nuno Centeno.

No âmbito do FITEI Luísa Sequeira apresenta uma instalação constelação partir do recorte da obra de Bárbara Virgínia, “A Luz da Estrela Morta”, resulta do processo criativo de produção e realização de “Quem é Bárbara Virgínia?”, filme que trata a invisibilidade pelo esquecimento. É um resgate de fragmentos por parte de uma outra mulher: 70 anos depois, o que resistiu ao tempo?

De 15 a 25 de Maio na Galeria Nuno Centeno, Rua da Alegria 598, 400-037 Porto

Shortcutz Porto

Shortcutz Porto sessão #242 em parceria com o Festival Feminista do Porto 2019

8 de Maio, 22 horas, Maus Hábitos

Como em anos anteriores o Shortcutz Porto faz uma parceria com o Festival Feminista do Porto e apresentamos uma programação especial com a presença da Regina Guimarães e da Ana Deus.

Ateliers Ângelo de Regina Guimarães Sinopse: Ateliers Ângelo filmam-se os espaços de trabalho do artista logo após a sua morte. A sua ausência é agora uma presença imensa e impossível de representar.

Passarinho de Berlim de Ana Deus Sinopse: Filmar os filhos é normal, mas o que me pareceu especial nestas imagens reencontradas há poucos meses foi a forma como o fizemos. Fomos protagonistas dessa felicidade, era natural, mas foi também aumentada pela câmara, como um espelho/olho que dobra e devolve tudo o que vê.A câmara, assim como o projetor de slides, o ecrã duma tv barata ou uma mesa de vidro eram brinquedos como os outros, ou melhores ainda.Passarinho de Berlim era um personagem que o nosso filho mais velho criara para as suas próprias filmagens. Achei que seria um bom nome, quase como metáfora dessa nossa existência, tão caseira mas tão fora dali.

Vermelho de Márcia Bellotti e Luiza Porto Sinopse: Por meio de uma fusão entre performance, ficção e documentário, este videoarte fala sobre as amarras que constroem à força o universo feminino.”Não se nasce mulher: torna-se…” _Simone de Beauvoir em “O segundo sexo” (Le deuxième sèxe, 1949)

Ashes of the Afternoon (134 mortes) de Márcia Bellotti e Luiza Porto Sinopse:Ashes of the Afternoon (134 mortes) parte de uma visão surrealista para trazer uma crítica política contemporânea sobre a violência que envolve o dia-a-dia das pessoas transexuais no Brasil.



Quem é Bárbara Virgínia? no IberoDocs

O documentário “Quem é Bárbara Virgínia?” foi selecionado para o IBERODOCS, exibição dia 19 de Abril às 18h30 na Universidade de Edimburgo .

Quem é Bárbara Virgínia? de Luísa Sequeira no IberoDocs 2019

IberoDocs – the Ibero-American Documentary Film Festival in Scotland – is back and bolder than ever. For the first time, it is bringing you a six-weeks festival running from April 11th until May 19th touching both Edinburgh and Glasgow.

IberoDocs 6th edition. Screening of Documentary Film “Who Is Bárbara Virgínia?”

Exposição coletiva de fotografia

Imagem de Luísa Sequeira ( MIP- Mês da Imagem do Porto)

No âmbito do MIP 2019 – Mês da Imagem do Porto a Galeria Adorna Corações apresenta uma exposição coletiva de fotografia, de 11 de Abril até 4 de Maio, com Joaquim Luxo, Luísa Sequeira, Nelson Miranda e Nelson Silva.

Porto: Código Design / Rua de Serpa Pinto 168

Exposição ´Por Onde vai um(a) Português(a)…’, integrada no Mês da Imagem do Porto

Ciclo de cinema Mulheres, Arte e Ditadura

Exibição do filme ” Quem é Bárbara Virgínia?” de Luísa Sequeira, no âmbito da realização do projecto “Mulheres, artes e ditadura – os casos de Portugal, Brasil e dos países africanos de língua portuguesa” – GAPS/CEHUM / O Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho .

Quem é Bárbara Virgínia? de Luísa Sequeira no ciclo de cinema Mulheres, Arte e Ditadura

Leiria Film Fest

Filme “Memória, Substantivo Feminino” de Luísa Sequeira na Sessão de Abertura do Leiria Film Fest

“Memória, Substantivo Feminino” de Luísa Sequeira

Bárbara Virgínia

Dia 7 de Março de 2015 partiu Bárbara Virgínia, a primeira cineasta portuguesa, na altura estava no Brasil com o Sama a realizar Quem é Bárbara Virgínia?, um filme sobre esta mulher incrível, que em 1946 realizou a sua primeira longa-metragem. Com apenas 22 anos ousou fazer um filme, num ambiente aonde só aos homens era permitido realizar cinema. Foi uma intensa viagem que ainda continua… Em jeito de homenagem, aqui fica um vídeo gravado no Cine-concerto Cine Lucem “Três Dias sem Deus”.

Bárbara Virgínia / Cine Concerto from Luísa Sequeira on Vimeo.

Programação CINEVAGA 2019

CINEVAGA

Tal como na primeira edição da VAGA, sentimos necessidade de abrir um espaço de programação de cinema. Este ano, desafiámos a Luísa Sequeira para criar um programa que refletisse o espírito da VAGA e pudesse fazer com o cinema o que pretendemos fazer com as artes performativas: um espaço de encontro, partilha e discussão. Assim, CINEVAGA apresenta uma série de curtas metragens, que ora são primeiras obras, ora foram criadas ainda em contexto escolar, ora estabelecem uma relação com profissionais formados na ACE Escola de Artes por terem na sua equipa alunos, ex-alunos ou professores.

A entrada é gratuita, limitada à lotação da sala.

3ª EDIÇÃO DO INDIEJÚNIOR ALLIANZ

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Durante seis dias, o IndieJúnior Allianz vai ocupar a cidade do Porto com um festival que vai ser alargado para 43 sessões de cinema e, entre as novidades deste ano, consta o Cinema de Colo para a primeira experiência com bebés, com filmes sobre animais. Destinada a crianças com menos de três anos, a primeira sessão do Cinema de Colo é no sábado, dia 2 de fevereiro, pelas 10h30, repete às 11h15 e às 12h00, e no domingo nos mesmos horários. As entradas são gratuitas mediante levantamento de bilhete no local e no próprio dia da sessão.

Esta edição tem como ponto de partida o tema “O lugar”. O festival integra uma competição internacional de longas e curtas metragens, com quase 50 filmes recentes (ficções, documentários, animações), quase todos inéditos no nosso país, e que são avaliados pelos três júris (oficial, escolas e público) que atribuem o palmarés do festival. Vários dos filmes a concurso foram selecionados por crianças e jovens dos 6 aos 18 anos, que participaram na iniciativa “Eu Programo um Festival de Cinema!”, organizada em parceria com o Programa Paralelo do Teatro Municipal do Porto e que envolveu alunos de quatro escolas da cidade (do 1º Ciclo do Ensino Básico ao Secundário).

The NeverEnding Story by Wolfgang Petersen é o filme escolhido por Luísa Sequeira

Mantém-se a secção “O Meu Primeiro Filme”, contando com três convidados da cidade do Porto para escolher o filme mais marcante da sua infância. Este ano, foram convidadas pessoas que de alguma forma se relacionam com o tema desta edição. São elas Álvaro Domingues, geógrafo e professor universitário, Filipa Fróis Almeida, arquiteta que faz também parte do coletivo FAHR 021.3, que cria entre outras coisas, esculturas efémeras nas cidades, e Luísa Sequeira, jornalista, realizadora e programadora de cinema. Cada um deles apresentará a sua sessão, contando e partilhando as suas primeiras memórias do cinema com o público mais jovem.