Exibição ” Os Cravos e a Rocha”

Os Cravos e a Rocha from Luísa Sequeira on Vimeo.

25 de Abril sempre, fascismos nunca mais! Hoje, no MIRA FORUM, depois da inauguração da exposição virtual do grande Alfredo Cunha, um dos fotógrafos da revolução dos cravos, às 15 horas estará disponível ” Os Cravos e a Rocha”. Partilho o texto que o caríssimo Jorge Campos fez para o Desobedoc.”A sua participação em As Armas e o Povo (1974), um dos filmes míticos da Revolução de Abril feito por um colectivo do qual faziam parte alguns dos mais importantes cineastas portugueses da altura, não foge a esse registo. “Sem linguagem nova não há realidade nova”, dizia Glauber. De certa forma, é disso que trata o documentário de Luísa Sequeira Os Cravos e a Rocha, no qual o vemos em acção, porventura dando corpo àquilo que é a chave do seu universo, revelada em epígrafe: “A Política e a Poesia são demais para um só homem”. Eis, então, Glauber a filmar a Revolução em Lisboa. Em boa companhia. António Escudeiro é o seu director de fotografia. Glauber entra e sai de campo. Faz perguntas. Umas mais previsíveis, outras nem tanto. Mas, em qualquer dos casos, elas obedecem ao intuito de não esconder o dispositivo cinematográfico. Sim, trata-se de um filme. As respostas, por vezes, parecem desajustadas à epopeia. A epopeia, porém, é a expectativa do espectador. Glauber finta o engodo. Não há nada de heróico no testemunho da mulher que não tem opinião, mas tem uma família e faz-lhe confusão a enxurrada de coisas contraditórias que lê. No entanto, Glauber está com a Revolução. Sebastianismo? Talvez. Ele conhece, ama, os mitos portugueses: sobressalto, paixão. E lucidez. Luísa Sequeira desenha depois o seu próprio final. Grândola Vila Morena dá um salto no tempo até 2014. É agora Grândola Vila Moderna. O documentário opera a metamorfose da terra da fraternidade em terra da fragilidade. Mas há o índice de um arco do triunfo. A efígie de Salgueiro Maia. Forte e contingente. Glauberiano. Premonitório?“ Jorge Campos / Desobedoc

Parabéns Isabel Ruth!

Isabel Ruth canta Verdes Anos from Luísa Sequeira on Vimeo.

Uma das grandes actrizes portuguesas faz hoje 80 anos!!!

Isabel Ruth a cantar “Verdes Anos” de Carlos Paredes e Pedro Tamen.
Direct by Luísa sequeira
Photography Luísa sequeira e Sama
Concerto da actriz Isabel Ruth no festival FIKE em Évora 2013.
Verdes Anos de Carlos Paredes, letra de Pedro Tamen. Isabel Ruth acompanhada pelo guitarrista João Paulo Oliveira.
Concerto intimista da generosa actriz Isabel Ruth na casa da Zorra.

ESTRO / WATTS Poesia da idade do Rock

Gonçalo Amorim & Paulo Furtado / Teatro Experimental do Porto (TEP)

Paulo Furtado / Teatro Experimental do Porto (TEP)
@LUISA SEQUEIRA
Gonçalo Amorim & Paulo Furtado / Teatro Experimental do Porto (TEP)
@LUISA SEQUEIRA

“Estro”, do latim oestrus, significa inspiração, entusiasmo, fúria poética. Estro é também o título para um espetáculo com direção de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado. O Teatro Experimental do Porto, companhia residente no Teatro Campo Alegre, através do programa Campo Aberto, e presença habitual na temporada do Teatro Municipal do Porto, propõe-se explorar a dualidade da palavra rock e da prática poética. Tal como a Ilíada ou a Odisseia – que se sabe terem sido coletâneas de histórias que se iam contando nas praças, de heróis e de guerras, de paixões – o rock usou a palavra poética para gritar na esfera pública a vida, para convocar todos a falar acerca da morte, da guerra, de amores e desamores, da solidão, das selvas de betão, da experiência da classe trabalhadora e da opressão. Esta dimensão pública, que reúne gente à sua volta, que congrega, contrasta drasticamente com a introspeção que o ato poético exige tantas vezes. Na idade do rock fundou-se um novo lugar na esfera pública para a referência política e estética, um lugar que outrora era ocupado pelo teatro. O que é feito desse património? Onde estão os trovadores? Estro quer devolver ao estilo o estatuto de cancioneiro popular.

Paulo Furtado e Gonçalo Amorim
@Luísa Sequeira
  • Um Projeto de
    Gonçalo Amorim & Paulo Furtado  com Ana Brandão, Diana Narciso, Hugo Inácio, Íris Cayatte, Pedro Almendra, Pedro Galiza, Susie Filipe
  • Artista convidado
  • Filipe Rocha
  • Cenografia e figurinos
  • Catarina Barros
  • Desenho de luz
  • Nuno Meira
  • Vídeo
  • Luísa Sequeira
  • Desenho de som
  • Guilherme Gonçalves

Teatro Experimental do Porto (TEP) é a mais antiga companhia teatral portuguesa e precursora do teatro moderno, tendo estreado o primeiro espetáculo em 1953. É uma das estruturas residentes do Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto.

Shortcutz Porto

♡ programação para o dia mais curto do ano ♡

Dia 21 de dezembro às 21h, o Shortcutz Porto comemora o dia mais curto no MIRA FORUM numa parceria com a Agência – Portuguese Short Film Agency
A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO ( William Alves e Zefel Coff)
CULPADO ( Alexia Maltnerr)
POEMA DA MADRUGADA ( Sama)
ASHES OF THE AFTERNOON /134 MORTES ( Luiza Porto e Márcia Bellotti)
CHAMADA GERAL (Manuel Vilarinho e Zé Moreira)
PORTUGAL ( Zé Moreira e Manuel Vilarinho )

Lançamento do grupo de estudo “Leituras Feministas” // Luísa Sequeira

Lançamento do grupo de estudo “Leituras Feministas” // Luísa Sequeira

As metodologias feministas nas artes estão amplamente disseminadas, mas por vezes pouco reconhecidas pelo meio artístico, pouco estudadas nas instituições académicas e mesmo pouco conhecidas pelxs estudantes de práticas artísticas – nos 3 níveis de ensino. Temo-nos deparado na FBAUP e principalmente no centro de estudos i2ADS com um crescente interesse pelas teorias e metodologias feministas e queer. De forma a colmatar lacunas, ir ao encontro dos interesses dxs extudantes e investigadorxs, e relacionar os projetos artísticos e de investigação no i2ADS, FBAUP, e comunidade mais alargada, pretendemos iniciar um grupo aberto de estudo das questões de género nas artes. Em debate estarão questões tão alargadas como: a visibilidade de práticas artísticas feministas, minoritárias e qual o impacto da recuperação dessas práticas no seio da história da arte; a diferença sexual racial e de classe como impulsionador da prática e leitura da arte e cultura, leituras feministas e pós-coloniais; as práticas no campo expandido, arte, performance, e vida, o pessoal é político; e finalmente práticas de cuidado, responsabilidade e responsabilização. O grupo de estudo andará em torno da leitura e discussão de textos seminais, mas também da prática e ação enquanto produção de conhecimento. Assim, como lançamento deste grupo de estudo propomos a leitura de autorxs seminais como: Judith Butler, Silvia Federici, Paul B. Preciado, bell hook, Grada Kilomba, mas também o visionamento do filme, “Quem é Barbara Virginia?” de Luísa Sequeira, sobre a primeira mulher realizadora portuguesa no festival de Cannes. Este momento servirá também como um momento de convocatória mais alargada do grupo de estudo que pretende entender práticas artísticas, ativistas e culturais à luz da interseccionalidade e das teorias e metodologias feminista, esperando contribuir para o avanço das práticas artísticas e investigativas dxs participantes.Luísa Sequeira é realizadora e faz curadoria de cinema, trabalha em diferentes plataformas, como, vídeo, filme e fotografia, explorando as intersecções do cinema e dos media emergentes. Estudou jornalismo e tem uma especialização em realização de documentários, neste momento está a fazer um doutoramento em Arte dos Media. Luísa trabalhou na RTP, coordenando e apresentando vários projectos. Entre eles, destacam-se o “Cumplicidades” e o “Fotograma”, um magazine semanal dedicado ao cinema em língua portuguesa. Desde 2010, é diretora do festival de curtas-metragens “Shortcutz Porto” e do “Super 9 Mobile Film Fest”, o primeiro festival português, exclusivamente dedicado a filmes realizados com mobile.  Recentemente, estreou a sua primeira longa-metragem documental, “Quem é Bárbara Virgínia?”, filme que foi exibido em vários festivais de cinema, entre eles, o festival Internacional de Roterdão, Mostra de São Paulo e o Doclisboa, foi o vencedor na categoria de documentário no Festival Caminhos do Cinema Português. Realizou e produziu várias curtas, entre elas; “Os Cravos e a Rocha”, “La Luna”, “Memória, substantivo feminino” e “My Choice”. Co-realizou com o artista Sama, uma série de animação de 13 episódios para o canal Brasil. Neste momento está a realizar com o artista Sama o documentário” Nada a Temer”,  um filme sobre a actual situação política e social do Brasil e está a produzir com a Luísa Marinho e com a  Ana Luísa Amaral um documentário sobre “As Novas Cartas Portuguesas”.Coordenação Carla Cruz (i2ADS/FBAUP)

Feminismos sobre rodas

Sábado dia 9 de Novembro, exibição do documentário “Quem é Bárbara Virgínia? de Luísa Sequeira

Em 1948 Maria Lamas partiu numa viagem pelo país para conhecer a realidade das mulheres em Portugal e escreveu ” mais ou menos rudes conforme o seu nível de vida, todas são irmãs na luta, na resistência ao trabalho e ao sofrimento, no heroísmo obscuro… A força que as impele tem raizes profundas, na terra e na própria vida”.
Feminismos sobre rodas é um projeto que junta mulheres com diferentes percursos no ativismo e de várias cidades do país. Nos últimos anos, têm participado nas várias mobilizações públicas contra a violência de género, precariedade, defesa dos direitos LGBT+, luta antirracista e ecologista, no litoral e interior do país.
São do Porto, Braga, Amarante, Lousada, Lamego, Lisboa e Viseu. Decidiram fazer-se à estrada e levam na bagagem ideias para conversas, filmes, performances, teatro do oprimido, máquina de filmar e tirar fotografias, cartazes para colar, panfletos para oferecer.
Na estrada, mulheres de um país para conhecerem mulheres de um país, e do mundo. Não levam respostas simples nem receitas prontas para resolver os problemas estruturais de discriminação e opressão. Levam a disponibilidade para trocar ideias e experiências , construir respostas coletivas que desafiem o conservadorismo, as injustiças e as desigualdades sociais.
Partimos dia 8 de Novembro e regressamos ao Porto dia 13 de Dezembro para um Encontro Feminista Internacional.

Sábado dia 9 de Novembro, exibição do documentário “Quem é Bárbara Virgínia? ”

Exposição “Ver com os olhos dos outros”

“Ver com os olhos dos outros” na galeria Adorna Corações
Dia 9 de Novembro às 16 horas, apresentação de um ano de aventuras por exposições , conferências e festivais ….

Louise Narbo « Jeux de greffes / La vision fantôme »
Miguel Mesquita Guimaraes « Os colecionadores irrequietos »
Helena Marques « Os colecionadores irrequietos »
Ricardo Pinto « Os colecionadores irrequietos »
Stella Fletcher « Os colecionadores irrequietos »
Catarina Silva « Equinócio »
Cynthia Zahar « Shuhud »
Stéphane Lagoutte « No fundo da Alma »
Joachim Luxo « Out of the blue »
Luísa Sequeira « O tempo dos outros »
Nelson Miranda « Riba de Ave / A fundação do emigrante»
Nelson Sousa «O Animal »
Ivan Da Silva « Nextluk »

Exposição Coletiva “Ver com os olhos dos outros” na galeria Adorna Corações

Shortcutz e Super 9 Mobile no IPCI

O IPCI retoma a partir do mês de novembro a sua atividade de tertúlias dedicada à divulgação de artistas e produtores culturais!

Esta programação é aberta ao publico e tem como principal objetivo a promoção de pontes criativas entre a cidade, os criadores e os formandos do IPCI. Uma programação pensada para todos, que traz para a agenda cultural do Porto linhas de reflexão sobre o panorama de criação e produção artística em áreas como o Cinema, a Fotografia, a Produção Cultural e a Música.

No dia 7 de novembro, o IPCI recebeu as responsáveis pela organização de festivais de cinema que, de uma forma inovadora e criativa, mexem com a cultura cinematográfica da cidade do Porto.

Super 9 Mobile Film Fest 2019

Os festivais Super 9 Mobile Film Fest e o Shortcutz Porto , organizados pela realizadora Luísa Sequeira, e o Porto Femme International Film Festival, coordenado pela Ana Castro e Rita Capucho, vêm à sala do IPCI mostrar o que de bom se faz no cinema e na Produção Cultural.

Ana Castro, Melanie Pereira, Rita Capucho e Luísa Sequeira no IPCI

Shortcutz no Público

O movimento promotor de curtas-metragens está quase a completar dez anos, numa altura em que já está presente em 12 localidades portuguesas — e quase numa mão cheia de cidades lá fora. Com mais de 1400 sessões até hoje, o que explica o fenómeno Shortcutz?

No coração do Porto para discutir “questões importantes”

A cidade do Porto integrou o movimento em Setembro de 2010 com Luísa Sequeira ao leme. Antes de assumir funções, trabalhara na RTP num programa dedicado ao cinema em língua portuguesa, a propósito do qual entrevistou Rui de Brito. Ele fez-lhe o convite e Luísa aceitou, até porque “no Porto não havia nada do género”. Confessa que o conceito “democrático” do projecto a convenceu — a submissão das curtas é feita junto dos representantes locais através do site da Shortcutz e qualquer pessoa o pode fazer. “A entrada é gratuita e há a componente de formação do público. As pessoas sabem que em determinado dia, naquela cidade, há curtas-metragens para ver. Depois dos filmes os realizadores estão lá, disponíveis para uma conversa, uma tertúlia.”  

Ler artigo completo: PÚBLICO

Exposição “O Tempo dos Outros”, em Cabo Verde

Depois da exposição individual na galeria Adorna Corações em 2018, Luísa Sequeira apresenta no Centro Cultural do Mindelo em Cabo Verde a exposição ” O Tempo dos Outros” e o filme ” Os Cravos e a Rocha” , uma exposição que faz parte do trabalho de uma constelação que a artista tem trabalhado.

Ao nos depararmos com o trabalho de Luísa Sequeira, somos absorvidos pelo “seu tempo”. As imagens apresentadas pela artista, são fragmentos escolhidos de narrativas distintas, partes extraídas de um todo. Nesta seleção, Luísa procura um olhar espectral numa dimensão meditativa, uma constelação de imagens que tem vários desdobramentos da sua pesquisa cinematográfica e das suas memórias pessoais, construído a partir de arquivos, sendo o todo um trabalho da arqueologia da memória. As decisões realizadas pela Luísa, vão para além do conceito clássico da fotografia, com consequências mais contemporâneas que nos transmitem a inquietação de estar na fronteira o entre real e a ficção. A intenção da autora é tentar moldar o tempo “no seu tempo” a partir da memória, mesmo quando esta é inventada, ou pertencente a outrem. Uma mulher engajada politicamente e esteticamente cheia de convicções que convida o espectador a ser mais do que mera testemunha, mas sim cúmplice deste delito poético e nostálgico no seu olhar…

Sama