Foi incrível exibir “O Que Podem as Palavras” de Luísa Sequeira e Luísa Marinho no Moviemento Kino, uma das salas de cinema mais antigas de Berlim. Sala cheia e uma discussão muito interessante em torno do filme e do livro Novas Cartas Portuguesas numa sessão integrada nos Dias do Cinema Português em Berlim.
It was incredible to screen “O Que Podem as Palavras” at Moviemento Kino, one of the oldest cinemas in Berlin. A full house and a very engaging discussion around the film and the book Novas Cartas Portuguesas at Portuguese Cinema Days in Berlin
No mês de outubro o Cineclube do Porto propõe, numa parceria com o Museu do Porto, um Curso Breve , na Biblioteca Almeida Garrett, onde partindo da celebração dos 50 anos do 25 de Abril reflete-se sobre o contributo revolucionário do cinema na nossa sociedade.Pretende-se abordar a função interventiva do cinema (também ele amador) no processo revolucionário português enquanto ferramenta de manifestação social e política, bem como a sua importância na preservação/construção de uma memória histórica através da digitalização e restauro dos filmes de revolução. Aborda-se também o cinema português e as suas revoluções no contexto das movimentações artísticas que lhe são contemporâneas refletindo acerca dos novos desafios do cinema no contexto atual das transformações tecnológicas e sociais.
PROGRAMA
SEG 7 OUT, 18H CINEMA — REVOLUÇÃO O papel interventivo desempenhado pelo cinema, sobretudo o documental, no processo revolucionário português.
SEG 14 OUT, 18H CINEMA — MEMÓRIA — REVOLUÇÃO O processo digital e de restauro dos filmes da revolução. A construção/criação de um cinema de memória.
SEG 21 OUT, 18H CINEMA — ARTE — REVOLUÇÕES O cinema português e as suas revoluções, antes e depois do 25 de Abril, no contexto das movimentações artísticas que lhe são contemporâneas.
SEG 28 OUT, 18H CINEMA — FUTURO/DEVIR — REVOLUÇÃO/ Luísa Sequeira e Sama Os novos/velhos desafios do cinema, dos seus múltiplos devires.
Orientado por José Alberto Pinto e Marta Reis Com Amarante Abramovici, Manuel Mozos, Fernando José Pereira, Luísa Sequeira e Sama
Le film : Écrit en 1971 par Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta et Maria Velho da Costa, le livre Novas cartas portuguesas publié en 1972 (Nouvelles lettres portugaises, publié en France en 1974) a été saisi par les autorités de Salazar et les autrices ont été poursuivies en justice. La traduction et la publication en Europe et aux États-Unis, ainsi que la couverture de l’interdiction du livre par les médias étrangers, ont provoqué une vague de protestations internationale sans précédent, notamment des manifestations féministes devant les ambassades portugaises et la solidarité d’artistes et écrivaines telles que Delphine Seyrig, Marguerite Duras, Simone de Beauvoir et Doris Lessing. Durant plusieurs années, Luísa Marinho et Luísa Sequeira ont travaillé sur ce film, mêlant les entretiens avec les trois écrivaines menés par la chercheuse Ana Luísa Amaral, du matériel d’archive et des séances d’animation de Sama sur les persécutions subies.
Luísa Sequeira e Sama ( Oficina Imperfeita) fazem parte exposição ‘Arte Sonora Ano 15’ no auditório do Parque Lage, um dos meus locais preferidos no Rio de Janeiro. O projeto, idealizado pelo duo de artistas e professores Franz Manata e Saulo Laudares, celebra 15 anos com uma ocupação de dois meses na EAV Parque Lage. Esta exibição de vídeos faz parte das atividades da mostra comemorativa dos 15 anos do Arte Sonora.
Os cineastas Luísa Sequeira e Sama são os oradores convidados da segunda sessão do ciclo de conversas “Limites e Transgressões”, integrado na Programação Convergente da Bienal Anozero’24. A conversa será mediada por Luís Camanho, investigador na área da Imagem. A iniciativa, com curadoria de João Maria André e Isabel Calado, tem por objetivo desafiar artistas e pensadores a testemunharem os seus atos de transgredir no processo de criação conceptual e artística, mostrando o que há de comum entre uma revolução política e os processos artísticos guiados pela imaginação e desidentificação com os limites que a realidade impõe à existência.
Serão 8 conversas, sempre às 18h de sexta feira no Centro Cultural do Penedo da Saudade.
It was an amazing experience to be at the University of Leeds and Nottingham to present the documentary and take part in the conference – “5th April and the Democratic Third Wave”? There and Then, Here and Now” – Marking the 50th anniversary of Portugal’s 1974 ‘Revolution of the Carnations’, this round-table colloquium re-examines the histories and memories of democratic transitions in 1970s-1980s Europe and South America, their cultural legacy, and the politics of their commemoration. Hosted by the Department of Modern Languages and Cultures and Centre for Memory Studies and Post-Conflict Cultures.”
No dia em que a Ana Luísa Amaral faria anos, estreámos o filme O Que Podem as Palavras nos Estados Unidos, no incrível New Bedford Whaling Museum. A sessão fez parte do International Colloquium THE CARNATION REVOLUTION: GLOBAL PERSPECTIVES. The University of Massachusetts Dartmouth✊❤️✊
Programação do ciclo “Mulheres de Câmara na Mão, Cinema e Revolução”
No ano em que celebramos o 50.º aniversário do 25 de abril, evocamos o dia em que a poesia saiu à rua, exibindo imagens capturadas por mulheres sobre as várias revoluções.
Para as mulheres, o 25 de abril demorou a chegar… basta recordar que em 1976 , Maria Antónia Palla foi levada ao banco dos réus pela reportagem “Aborto não é crime” uma peça sobre o aborto clandestino. O filme, “Os Cravos e a Rocha”, resgata imagens do primeiro filme coletivo da história do cinema português, e presenciamos o cineasta brasileiro Glauber Rocha a gesticular e a questionar uma jovem mulher sobre a legalização do aborto, ao que ela responde: “Era bom que começassem a legalizar!” Somente 33 anos depois do 25 de abril é que o aborto foi legalizado.
Evocamos “Revolução”, da poeta visual Ana Hatherly, um filme que opera numa montagem muito particular a partir do léxico dos grafites e cartazes do 25 de abril. E num momento em que estamos a viver uma crise na habitação, “Casas Para o Povo” de Catarina Alves Costa tem uma força maior.
“Amanhã” de Solveig Nordlund transporta-nos para a madrugada do 25 de abril pelo olhar de uma criança, e “Caça Revoluções” de Margarida Rêgo explora o poder de uma fotografia para ativar a pós-memória.
Com um recorte temporal entre 1975 e 2015, “ Mulheres de Câmara na Mão- Cinema e Revolução” procura destacar a contribuição das mulheres artistas e realizadoras para a construção de um outro olhar sobre as revoluções realizadas e as por fazer.