Gonçalo Amorim & Paulo Furtado / Teatro Experimental do Porto (TEP)
“Estro”, do latim oestrus, significa inspiração, entusiasmo, fúria poética. Estro é também o título para um espetáculo com direção de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado. O Teatro Experimental do Porto, companhia residente no Teatro Campo Alegre, através do programa Campo Aberto, e presença habitual na temporada do Teatro Municipal do Porto, propõe-se explorar a dualidade da palavra rock e da prática poética. Tal como a Ilíada ou a Odisseia – que se sabe terem sido coletâneas de histórias que se iam contando nas praças, de heróis e de guerras, de paixões – o rock usou a palavra poética para gritar na esfera pública a vida, para convocar todos a falar acerca da morte, da guerra, de amores e desamores, da solidão, das selvas de betão, da experiência da classe trabalhadora e da opressão. Esta dimensão pública, que reúne gente à sua volta, que congrega, contrasta drasticamente com a introspeção que o ato poético exige tantas vezes. Na idade do rock fundou-se um novo lugar na esfera pública para a referência política e estética, um lugar que outrora era ocupado pelo teatro. O que é feito desse património? Onde estão os trovadores? Estro quer devolver ao estilo o estatuto de cancioneiro popular.
- Um Projeto de
Gonçalo Amorim & Paulo Furtado com Ana Brandão, Diana Narciso, Hugo Inácio, Íris Cayatte, Pedro Almendra, Pedro Galiza, Susie Filipe - Artista convidado
- Filipe Rocha
- Cenografia e figurinos
- Catarina Barros
- Desenho de luz
- Nuno Meira
- Vídeo
- Luísa Sequeira
- Desenho de som
- Guilherme Gonçalves
O Teatro Experimental do Porto (TEP) é a mais antiga companhia teatral portuguesa e precursora do teatro moderno, tendo estreado o primeiro espetáculo em 1953. É uma das estruturas residentes do Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto.