Performance vídeo e produção de imagem para a peça Estro/Watts ( Cinema expandido)
Estro, do grego antigo oîstros, e pelo latim oestrus, significa inspiração, entusiasmo, fúria poética. Estro é também o título para um espetáculo com direção de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado. O Teatro Experimental do Porto, companhia residente no Teatro Campo Alegre, através do programa Campo Aberto, e presença habitual na temporada do Teatro Municipal do Porto, propõe-se explorar a dualidade da palavra rock e da prática poética. Tal como a Ilíada ou a Odisseia – que se sabe terem sido coletâneas de histórias que se iam contando nas praças, de heróis e de guerras, de paixões – o rock usou a palavra poética para gritar na esfera pública a vida, para convocar todos a falar acerca da morte, da guerra, de amores e desamores, da solidão, das selvas de betão, da experiência da classe trabalhadora e da opressão. Esta dimensão pública, que reúne gente à sua volta, que congrega, contrasta drasticamente com a introspeção que o ato poético exige tantas vezes. Na idade do rock fundou-se um novo lugar na esfera pública para a referência política e estética, um lugar que outrora era ocupado pelo teatro. O que é feito desse património? Onde estão os trovadores? Estro quer devolver ao estilo o estatuto de cancioneiro popular.
Um projeto de Gonçalo Amorim & Paulo Furtado
Tradução dos poemas e acompanhamento historiográficoJoão de Menezes-Ferreira
Encenação e conceção Gonçalo Amorim Direção musical e conceção Paulo Furtado Música originalThe Legendary Tigerman
Intérpretes Ana Brandão, Diana Narciso, Hugo Inácio, Iris Cayatte, Pedro Almendra, Pedro Galiza, Susie Filipe
Artista convidadoFilipe Rocha
Cenografia e figurinos Catarina Barros
Desenho de luzNuno Meira
Performance Vídeo Luísa Sequeira
Desenho de somGuilherme Gonçalves
ProduçãoTeatro Experimental do Porto
Coprodução Teatro Municipal do Porto
Agradecimentos João César Nunes, Moog, Omnisonic International, Pedro Monteiro, Sontronics, Um Segundo Filmes