INVENTÁRIO DO FIM DO MUNDO

INVENTÁRIO DO FIM DO MUNDO é a nova exposição do duo de artistas Sama & Luísa Sequeira, fundadores da Oficina Imperfeita, já temos no título uma provocação. “Inventário do Fim do Mundo”, uma alegoria ao mundo que nós conhecíamos até então, pois, segundo os próprios artistas, sob a força dos factos e dos recentes eventos da história, chegamos a um ponto de ruptura irreversível. 

INVENTÁRIO DO FIM DO MUNDO de Sama e Luísa Sequeira / Oficina imperfeita

A miscelânea de linguagens e suportes das obras, podem confundir os menos versados sobre as possibilidades do poder da Arte Contemporânea, quando aplicados por artistas engajados sobre as questões de seu tempo. Na exposição podemos contemplar desenhos, pinturas, objectos, instalações e vídeos, que ao longo dos anos vieram a construir um corpo de trabalho, tanto coletivo como individual, de obras artísticas que diferem-se nas questões formais, mas se encaixam na definição de anti-hegemônicas.

Nesta ocupação da Galeria (@_portoaoporto), composta na sua maior parte, por trabalhos inéditos da dupla, encontramos referências ao Cinema B, à Política, às Distopias da Ficção Científica, BDs etc… Temas caros a ambos os artistas, que vão da observação crítica e poética da realidade cotidiana, como as emergências de Estados Policiais para qual rumamos, até uma releitura às referências da Cultura Pop, mas não num aspecto nostálgico, mas de uma forma mais ácida e demolidora.

Sama é um artista brasileiro que vive e trabalha em Portugal. Sua produção constitui um “Atlas”, que se desdobra por linguagens e dispositivos como: Desenho, Pintura, Escrita, Colagem, Performance, Objeto, Teatro, Arte Sonora, Comix e Cinema Experimental. Seu interesse é referente ao impacto da cultura de massas na poética contemporânea, mas a partir de um ponto de vista periférico e anticolonial. Sama integrou exposições individuais e coletivas no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Lisboa, Porto, Beja, Londres, Mindelo e Viena. Participou em várias bienais, entre elas;   Bienal de Cuba, Bienal de Arte de Cerveira, Bienal de Gaia.

Luísa Sequeira é realizadora, artista visual e curadora de cinema. Com doutoramento em Arte dos Media, transita em diferentes plataformas, explorando as fronteiras entre o digital e o analógico  combinando colagem, arquivo e cinema expandido na sua prática artística.Luísa já exibiu o seu trabalho em diferentes espaços, entre eles;  Bienal de Kaunas, Masc Foundation em Viena, Mostra de São Paulo, IFF Roterdão, DocLisboa, Cinema Museum em Londres, Cinemateca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, New Bedford Whaling Museum, University of Oxford, Museu da Imagem e do Som do Ceará,  Bienal de Arte de Cerveira e o Centro Audiovisual Simone de Beauvoir.

Juntos são os fundadores da oficina imperfeita, um espaço dedicado ao cinema e à arte contemporânea na cidade do Porto.

Curadoria e produção: Fabiano Fernandes & Oficina Imperfeita

Transgressão e Memória: Um Ensaio Dialético entre Bárbara Virgínia e Jean Vigo 

Apresentação do trabalho “Transgressão e Memória: Um Ensaio Dialético entre Bárbara Virgínia e Jean Vigo” acompanhado pelo vídeo ensaio Discursos Transgressivos( 2019) de Luísa Sequeira na primeira edição da Cine Bárbaras – Conferência Internacional de Cinema e Audiovisual.

Transgressão e Memória: Um Ensaio Dialético entre Bárbara Virgínia e Jean Vigo” acompanhado pelo vídeo ensaio Discursos Transgressivos( 2019) de Luísa Sequeira.

Cine Bárbaras – Conferência Internacional de Cinema e Audiovisual, A conferência realizou a sua primeira edição nos dias 23 e 24 de outubro de 2025, na Universidade Lusófona – Centro Universitário do Porto, numa organização conjunta da XX Element Project – Associação Cultural e do Porto Femme – Festival Internacional de Cinema.

Transgression and Memory: A Dialectical Essay between Bárbara Virgínia and Jean Vigo

This communication examines a dialectical encounter between Aldeia dos Rapazes (1946) by Bárbara Virgínia and Zéro de Conduite (1933) by Jean Vigo, articulated through the methodological and artistic practice of the video essay. The analysis builds upon Discursos Transgressivos (2019) by Luísa Sequeira, a split-screen visual essay where both films are juxtaposed to reveal intersections and resonances often obscured by conventional film historiography.

Espectros Eletromagnéticos #1 

Espectros Eletromagnéticos/ Electromagnetic Spectrum de Luísa Sequeira

Espectros Eletromagnéticos de Luísa Sequeira vai estrear na 14 ª edição do Famaliy Film Project, Festival Internacional de Cinema, Arquivo, Memória, Etnografia de 14 -18 de Outubro de 2025

16:OUT 18h00–18h56

Batalha Centro de Cinema

Parte da sessão : Memória e Arquivo #5

Sinopse Espectros Eletromagnéticos Através do sussurro da cineasta Maya Deren, este filme convoca imagens de várias artistas. Pela luz do ecrã, estes ecos visuais emergem como fragmentos de um passado que, atravessando um portal electromagnético, falam ao futuro. Como num ritual mágico e num único plano sequência através do meu gesto, opero uma montagem de imagens que me perseguem e que fazem parte do meu arquivo imagético, recriando assim, uma narrativa anacrónica com os espectros das mulheres da minha constelação artística.

Electromagnetic Spectrum #1 Film

Luísa Sequeira

16:OCT 18h00–18h56 

Batalha Centro de Cinema

Synopses Electromagnetic SpectrumThrough the whisper of filmmaker Maya Deren, this film summons images of various women artists. Illuminated by the light of the screen, these visual echoes emerge as fragments of a past that, crossing an electromagnetic portal, speak to the future. Like a magical ritual and in a single sequence shot I compose, through my gesture, an assemblage of images that haunt me and belong to my imagetic archive, thus recreating an anachronistic narrative with the spectres of the women in my artistic constellation.

ALMAKINA – Inauguração da Video-Instalação

Family Film Project 2025: ALMAKINA – Inauguração da Video-Instalação 

No dia 15 de outubro de 2025, às 22h00, o Coliseu Porto Ageas recebe a inauguração da video-instalação ALMAKINA, de Luisa Sequeira, integrada no Family Film Project 2025.

 video-instalação ALMAKINA, de Luisa Sequeira

Data: Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Horário: 22h00
Local: Coliseu Porto Ageas – R. de Passos Manuel, 137, Porto

ALMAKINA propõe uma reflexão sobre o futuro do cinema e da humanidade, num cenário apocalíptico em que restam apenas fragmentos de vida e de filmes. A obra transforma frames sobreviventes de Cruz Fixa (2019), anteriormente em caixas de luz, em televisores obsoletos que irradiam uma luz intermitente, criando espectros que interpelam o público num mundo saturado por imagens em movimento.

Inspirada pelo pensamento de Vilém Flusser, a instalação questiona a função da imagem: o que antes servia para compreender o real torna-se agora véu, refletindo sobre como vivemos em função das imagens.

Trata-se de um trabalho em constante metamorfose, em que a cada exibição novos elementos são incorporados, transformando a experiência visual e sonora e suscitando novas questões sobre o cinema e a percepção contemporânea.

👉 Mais informações disponíveis nos canais oficiais do Coliseu Porto Ageas e do Family Film Project.


In English

Family Film Project 2025: ALMAKINA – Video Installation Inauguration 🎥💡

On October 15th, 2025, at 10:00 PMColiseu Porto Ageas will host the inauguration of the video installation ALMAKINA, by Luisa Sequeira, part of Family Film Project 2025.

 Date: Wednesday, October 15, 2025
Time: 10:00 PM
 Venue: Coliseu Porto Ageas – R. de Passos Manuel, 137, Porto

ALMAKINA reflects on the future of cinema and humanity, in an apocalyptic scenario where only fragments of life and film remain. The work transforms surviving frames from Cruz Fixa (2019), formerly in light boxes, into obsolete televisions emitting intermittent light, creating specters that confront the audience in an image-saturated world.

Inspired by Vilém Flusser, the installation questions the function of images: what once served to understand reality now becomes a veil, exploring how we live in relation to images.

This is a continuously evolving work, with new elements incorporated at each exhibition, transforming the visual and sound experience and raising fresh questions about cinema and contemporary perception

Exposição coletiva “Da Representação à Auto-representação”

Participação  na exposição coletiva “Da Representação à Auto-representação” que estará patente até ao dia 11 de outubro nos Pavilhões da Mitra (Beato) em Lisboa,  integrada na Mostra de Fotógrafos Artistas 2025

Com curadoria de Estefania  de almeida e apoio à produção de Celma Silva

Obras de Luísa Sequeira em exposição:

Foto 1. Reflito, logo re(e) xisto (2023)

Foto 2. Bárbara (2019)

Foto 3. Obra da série, O Tempo dos Outros (2018)

Foto 2. Bárbara (2019)