Finissage da exposição Inventário do Fim do Mundo de Sama & Luísa Sequeira.
Dia 29 de novembro às 17h, último dia para ver a exposição!
Performance às 18h30 com Bad Cinema, com Sama, Veredas e Luísa Sequeira

INVENTÁRIO DO FIM DO MUNDO é o título de uma exposição do duo de artistas, Sama & Luísa Sequeira, que ocupou a Galeria Porto ao Porto no decorrer de Novembro de 2025 na cidade do Porto em Portugal. A exposição teve a curadoria de Fabiano Fernandes e da Oficina Imperfeita. “Inventário do Fim do Mundo” é uma alegoria ao fim do mundo, nos parâmetros ocidentais que nós conhecíamos até então, pois, segundo os próprios artistas, sob a força dos recentes factos e eventos sócio-políticos-econômicos da história, chegamos a um ponto de ruptura irreversível.
A miscelânea de linguagens e suportes das obras, mostram ao público as possibilidades e o poder crítico da Arte Contemporânea, quando aplicados por artistas engajados sobre as questões de seu tempo. Na exposição podemos contemplar desenhos, pinturas, objectos, instalações e vídeos, que ao longo dos anos vieram a construir um corpo de trabalho, tanto coletivo como individual, de obras artísticas que diferem-se nas questões formais, mas se encaixam na definição de anti-hegemônicas.
Nesta ocupação da Galeria Porto ao Porto, o público contemplou uma exposição que foi composta na sua maior parte, por trabalhos inéditos da dupla, Sama & Luísa Sequeira, onde encontramos referências ao Cinema B, à Política, às Distopias da Ficção Científica, BDs etc… Temas caros a ambos os artistas, que vão da observação crítica e poética da realidade quotidiana, como as emergências de Estados Policiais para qual rumamos, a perda de direitos sociais adquiridos, até os cenários de conflitos reais que estão a ocorrer como Palestina e Ucrânia, além dos latentes cenários de tensão na Venezuela e Taiwan. Há na exposição uma denúncia, e ao mesmo tempo, um convite à reflexão sobre o mal-estar geral deste primeiro quarto de século XXI no Norte Global. Parte das obras da exposição nos são apresentadas como uma releitura de referências à Cultura Pop, mas não num aspecto nostálgico, mas sim de uma forma mais ácida e demolidora, expondo os efeitos das tendências tecno-neoliberais, que aceleram o colapso ambiental e o declínio do modo de vida ocidental. Entretanto, há espaço para um vislumbre de esperança, numa reverência ao sagrado feminino e a nossa ancestralidade comum.
Luísa Sequeira é artista, realizadora, curadora e investigadora independente, com doutoramento em Artes dos Media.Transita em diferentes plataformas, integrando colagem, práticas de arquivo e cinema expandido. Grande parte da sua investigação centra-se na reconstrução de narrativas feministas na arte e no cinema, recriando uma constelação de imagens que desafiam o poder falocêntrico.
Realizou vários filmes e os seus trabalhos foram exibidos em diversas bienais nacionais e internacionais, bem como em cinematecas e festivais de cinema. O seu trabalho foi apresentado em instituições como o IFF Rotterdam, a Mostra de São Paulo, a Bienal de Kaunas, o Cinema Museum em Londres, a Cinemateca do MAM, e universidades como Oxford, Massachusetts Dartmouth, Nottingham, Leeds e Birmingham, onde foi recentemente keynote convidada, realizando uma palestra/performance.
Juntamente com o artista Sama, é cofundadora da Oficina Imperfeita, um espaço dedicado ao desenvolvimento e prática de arte anti-hegemónica.
Sama (Eduardo Felipe Dutra) é um artista brasileiro que vive e trabalha em Portugal. Integrou a geração 2000 da Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro. Sua produção constitui um “Atlas”, que se desdobra por linguagens e dispositivos como: Desenho, Pintura, Escrita, Colagem, Performance, Objeto, Teatro, Arte Sonora, Comix e Cinema Experimental. Seu interesse é referente ao impacto da cultura de massas na poética contemporânea, mas a partir de um ponto de vista periférico e anticolonial. Sama integrou exposições individuais e coletivas no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Lisboa, Porto, Beja, Londres, Mindelo e Viena. Participou em várias bienais, entre elas; a I e a II Bienal Internacional de Histórias em Quadrinhos do Rio de Janeiro, sob o nome “Eduardo Felipe”, e as: Bienal de Arte Contemporânea de Gaia e Bienal Internacional de Arte de Cerveira, sob o pseudônimo, “Sama”.















