Realização de cinema expandido para o espetáculo Estro / Watts de Gonçalo Amorim & Paulo Furtado.
Criação e mistura de vídeo ao vivo de Luísa Sequeira
ESTRO/ WATTS
Um Projeto de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado
Tradução dos poemas e acompanhamento historiográfico João de Menezes-Ferreira
Encenação e conceção Gonçalo Amorim
Direção musical e conceção Paulo Furtado
Música Original
The Legendary Tigerman
Intérpretes
Ana Brandão Diana Narciso Hugo Inácio Íris Cayatte Pedro Almendra Pedro Galiza Susie Filipe
Artista convidado Filipe Rocha
Cenografia e figurinos Catarina Barros
Desenho de Luz Nuno Meira
Desenho de som Guilherme Gonçalves
Vídeo Luísa Sequeira
Assistência à criação e produção: patrícia Gonçalves
Direção de produção: Teresa Leal
Registo audiovisual: Nuno Santiago
Produção: Teatro Experimental do Porto
Coprodução: Teatro Municipal do Porto
Apresentação do livro “MULHERES E RESISTÊNCIA «NOVAS CARTAS PORTUGUESAS» E OUTRAS LUTAS”
Apresentação do livro com participação da Tinta-da-China, Rita Rato e Luísa Sequeira.
AS «NOVAS CARTAS PORTUGUESAS» E A LUTA DAS MULHERES CONTRA A DITADURA
Foi comovente participar da apresentação de “Mulheres e Resistência”, livro que materializa parte da exposição organizada pela Rita Rato e pela Joana Alves no museu do Aljube em 2021. Esta publicação conta com vários excertos de depoimentos de mulheres que fizeram parte da luta revolucionária a vários níveis, mas que ficaram invizibilizadas, entre elas, destaco o depoimento da Faustina Barradas na sessão de apresentação. Faustina nasceu no campo, desde pequena fez parte da luta contra o regime fascista, levando jornais proibidos e mensagens cifradas no seu avental. Mãe de três filhas, viveu na clandestinidade durante vários anos até ao 25 de abril. Uma das resistentes mulheres que fazem parte deste livro e da revolução.
O livro Novas Cartas Portuguesas foi publicado há mais de 50 anos, em 1972. Três dias depois do lançamento, a primeira edição foi recolhida e destruída pela censura, dando origem ao processo das «Três Marias» e a uma muito significativa vitória literária e política.
A partir dessa obra singular de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, a exposição Mulheres e Resistência — «Novas Cartas Portuguesas» e outras lutas, no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, revisitou a actualidade da luta das mulheres e o contributo daquelas que, com origens e percursos diferentes, inventaram e concretizaram batalhas pelos seus direitos, pela justiça social e pela liberdade, desde os anos 1930 até ao 25 de Abril de 1974. Todos estes processos destacam o papel insubstituível das mulheres ao longo dos 48 anos de resistência ao fascismo e a sua importância na conquista da democracia.
O livro que daí resulta guarda e prolonga, com novos elementos, o registo desta homenagem a todas as mulheres que lutaram.
Inclui textos originais de Djaimilia Pereira de Almeida e Maria do Rosário
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O cinema celebra o poder das palavras
João Lopes
O Que Podem as Palavras
“Distinguido no Doclisboa de 2022, O Que Podem as Palavras chega agora às salas: Luísa Sequeira e Luísa Marinho realizaram um filme que é, de uma só vez, um retrato do livro Novas Cartas Portuguesas e uma evocação didática de Portugal no começo da década de 1970.”
Excerto do texto do João Lopes no Diário de Notícias sobre, O Que Podem as Palavras, “Luísa Sequeira e Luísa Marinho, elaboram todo o filme a partir de um exercício de memória, que é também um método de investigação,em que o fator primordial acaba por ser, justamente, o conhecimento do contexto histórico em que tudo aconteceu. Nesta perspetiva, O Que Podem as Palavras pode ser
uma contribuição importante para superar uma visão maniqueísta das vivências do pré-25 de abril, visão não poucas vezes favorecida por alguns discursos de esquerda e de direita, em que o nosso passado surge automaticamente descrito como um buraco negro em que, no limite, nem sequer existiram pessoas, apenas noções abstratas de “repressão” e”resistência”. João Lopes /DN
Ler artigo completo em
O QUE PODEM AS PALAVRAS / ESTREIA NACIONAL
0 QUE PODEM AS PALAVRAS, de Luísa Sequeira e Luísa Marinho a partir de 9 de Março nos Cinemas.
Mas no dia 8 de março vamos ter uma sessão especial no Trindade
PORTO
Cinema Trindade (9-15 de Março)
LISBOA
Cinema Nimas (9 de Março)
Cinema City Alvalade (9 a 15 de Março)
Sessão com debate dia 10 de Março
Cinema Fernando Lopes (9 a 15 de Março)
COIMBRA
Casa do Cinema de Coimbra (9 a 15 de Março)
GRÂNDOLA
Cine Granadeiro (9 de Março)
MONTEMOR-O-NOVO
Cineteatro Curvo Semedo (9 de Março)
MAFRA
CASTELO BRANCO
Cineteatro Avenida (14 de Março)
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O que Podem as Palavras no aniversário do Cinema Trindade
É com enorme prazer que estamos a celebrar o 6º aniversário com o Cinema Trindade, numa ante estreia muito especial vamos exibir o filme O Que Podem as Palavras.
domingo | 05 DE FEVEREIRO às 16h30
Mais informação em : Cinema trindade
Rosas de Maio e Novas Cartas Portuguesas
O que pode acontecer quando a artista e investigadora Luísa Sequeira se cruza com “Novas Cartas Portuguesas” – obra escrita por Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta e publicada em 1972 – e decide desdobrá-las em investigação e criação? Aconteceu uma peça híbrida e polissémica, que oscila entre o documental e a performance.
Mas não só. Também acontece aqui um resgate. Mais concretamente o resgate de palavras e ações de mulheres que, ao longo dos tempos, viram os seus discursos censurados e apagados por um regime opressivo e patriarcal. In Jornal Económico 827-10-2022)
A autora deste “resgate” é Luísa Sequeira, artista investigadora, realizadora e curadora de cinema, que se partilha por diferentes plataformas: vídeo, filme, fotografia e colagem, explorando as fronteiras entre o digital e o analógico. Nos últimos anos, tem-se dedicado à reconstrução das narrativas femininas na história da arte e do cinema, que foram invisibilizadas pelo poder patriarcal. in Jornal Económico (27-10-2022)
Rosas de Maio na imprensa
Neste sentido, Rosas de Maio é também uma peça de “ questionamento” dos arquivos que existem, como estão preservados, o que contêm e o que omitem.
“Existem arquivos sem áudio, e isso é uma forma de silenciamento de certos discursos”.
“Através destas e de outras figuras, picam-se vários pontos das discussões feministas: o capitalismo e a feminização da pobreza, as lutas de classe, o ecofeminismo e o conhecimento ancestral veiculado por mulheres, o direito ao aborto, as desigualdades no mercado de trabalho e no acesso à produção artística.” Mariana Duarte in Público
“O espectáculo dá particular atenção ao período do pré e do pós-25 de Abril, conectando-o com a censura a perseguição e a intimidação de que Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta Maria Velho da Costa foram alvo, mas também a forma intensa e surpreendente como a luta das “ Três Marias” irradiou lá fora, de França aos Estados Unidos” Mariana Duarte / Público sobre Rosas de Maio de Luísa Sequeira
“nos últimos anos tem-se focado essencialmente na reconstrução poética das narrativas femininas na história da arte e do cinema invisibilizadas pelo poder patriarcal, as fronteiras entre o digital e o analógico.
transitando entre o vídeo, o filme, a fotografia e a colagem e explorando as fronteiras entre o analógico e o digital”
“De Rosa Luxemburgo, filósofa e economista marxista polaco-alemã, que setornou mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social Democracia da Polónia, a duas mulheres portuguesas presas em Peniche durante a Revolta do Milho, em 1942, são várias as figuras que se tornam protagonistas em palco, pelo corpo de Luísa Sequeira, Carolina Rocha e Mia Tomé. “Na peça reativo diferentes arquivos que estavam na minha cabeça há muito tempo e que agora coloquei em movimento. Interessa-me muito o estado do arquivo, a forma como ele foi cuidado ou preservado ou simplesmente não existe.” Marina Martinho / Observador
Rosas de Maio
Durante 3 dias esteve em cena a peça, Rosas de Maio no Teatro Rivoli. Uma peça instalação
híbrida na fronteira do teatro e do cinema expandido, uma peça constelação onde é reativado vários fragmentos e arquivos visuais criando hiperconexões entre eles.
Rosas de Maio é um desdobramento de um processo de investigação artística que tenho vindo a desenvolver sobre Cinema expandido e arquivo. Parte das Novas Cartas Portuguesas, obra seminal escrita por Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta para tecer dramaturgicamente histórias de mulheres que foram silenciadas de diferentes formas pelo sistema opressivo e patriarcal. É uma história sobre bruxas, clausura e a censura de determinados discursos, mas também é uma história de resistência de pensamento e sobre sororidade, sobre lutas feministas.
Tudo isto só foi possível com uma equipa generosa, obrigada ao TEP e ao Gonçalo Amorim pelo convite para escrever e encenar Rosas de Maio.
Foi um processo intenso e gratificante que só foi possível com esta equipa maravilhosa:
Atrizes Carolina Rocha e Mia Tomé e cenografia e figurinos Catarina Barros
apoio à direção Gonçalo Amorim a Sonoplastia da Lea Taragona, vídeo de Luísa Sequeira, desenhos, vídeo mapping da Bianca Turner, direção de produção Patrícia Gonçalves,
assistente de produção João Vaz Cunha, assistência de cenografia e figurinos Inês Vilas Boas
assessoria de comunicação e imprensa Bruno Moreira, redes sociais Inês Vilas Boas
desenho de luz Nuno Meira, operação do desenho de luz José Alves, Coprodução Teatro Municipal do Porto.
Agradecimentos: Ana Luísa Amaral, Marinela Freitas, Maria Teresa Horta, Maria, Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Adelino Gomes, Gilda Grillo, Teresa Leal, Joana Alves, Ana Almeida, Luísa Marinho, Carlos Almeida, Tânia Dinis, António Júlio, Marco Oliveira. Museu do Aljube, Anjos Urbanos.
ROSAS DE MAIO
Rosas de Maio é uma criação rizomática de um processo de investigação sobre Novas Cartas Portuguesas (1972), obra escrita por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa. Rosas de Maio parte desta obra seminal para tecer dramaturgicamente um conjunto de novos desdobramentos, criando um espetáculo híbrido e polissémico, um lugar de possibilidades de articular tempos e fragmentos que oscila entre o documental e a performance. É uma peça constelação que coloca em movimento através do cinema expandido a própria materialidade do arquivo, cruzando e resgatando palavras e ações de mulheres que ao longo da história tiveram os seus discursos censurados, rasgados e apagados pelo regime opressivo e patriarcal.
Conceção, texto e direção Luísa Sequeira
Performers e criadoras Luísa Sequeira, Carolina Rocha, Mia Tomé
Cenografia e figurinos Catarina Barros
Apoio à direção Gonçalo Amorim
Desenho de luz Nuno Meira
Operação do desenho de luz José Alves
Sonoplastia Lea Taragona
Vídeo Luísa Sequeira, Bianca Turner
Desenhos e animações Sama
Direção de produção Patrícia Gonçalves
Assistente de produção João Vaz Cunha
Assistência de cenografia e figurinos Inês Vilas Boas
Assessoria de comunicação e imprensa Bruno Moreira
Redes sociais Inês Vilas Boas
Coprodução Teatro Municipal do Porto
Apoio Anjos Urbanos, Museu do Aljube
Fórum Igualdade / Encontro Feminista
O Que Podem as Palavras no Fórum Igualdade / Encontro Feminista em Guimarães