Neste sentido, Rosas de Maio é também uma peça de “ questionamento” dos arquivos que existem, como estão preservados, o que contêm e o que omitem.
“Existem arquivos sem áudio, e isso é uma forma de silenciamento de certos discursos”.
“Através destas e de outras figuras, picam-se vários pontos das discussões feministas: o capitalismo e a feminização da pobreza, as lutas de classe, o ecofeminismo e o conhecimento ancestral veiculado por mulheres, o direito ao aborto, as desigualdades no mercado de trabalho e no acesso à produção artística.” Mariana Duarte in Público
“O espectáculo dá particular atenção ao período do pré e do pós-25 de Abril, conectando-o com a censura a perseguição e a intimidação de que Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta Maria Velho da Costa foram alvo, mas também a forma intensa e surpreendente como a luta das “ Três Marias” irradiou lá fora, de França aos Estados Unidos” Mariana Duarte / Público sobre Rosas de Maio de Luísa Sequeira
“nos últimos anos tem-se focado essencialmente na reconstrução poética das narrativas femininas na história da arte e do cinema invisibilizadas pelo poder patriarcal, as fronteiras entre o digital e o analógico.
transitando entre o vídeo, o filme, a fotografia e a colagem e explorando as fronteiras entre o analógico e o digital”
“De Rosa Luxemburgo, filósofa e economista marxista polaco-alemã, que setornou mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social Democracia da Polónia, a duas mulheres portuguesas presas em Peniche durante a Revolta do Milho, em 1942, são várias as figuras que se tornam protagonistas em palco, pelo corpo de Luísa Sequeira, Carolina Rocha e Mia Tomé. “Na peça reativo diferentes arquivos que estavam na minha cabeça há muito tempo e que agora coloquei em movimento. Interessa-me muito o estado do arquivo, a forma como ele foi cuidado ou preservado ou simplesmente não existe.” Marina Martinho / Observador