Foi um privilégio estar na Universidade de Oxford ao lado de mulheres incríveis para apresentar a palestra/ performance com cinema expandido “The Three Marias: This was no country for young women” no congresso internacional 25 April 1974: Unfinished Revolutions in Portuguese Literary and Visual Cultures.
Agradeço às organizadoras, Hilary Owen, Cláudia Pazos Alonso e Maria Luísa Coelho o espaço de liberdade que me foi concedido para activar esta performance no WADHAM COLLEGE/ UNIVERSITY OF OXFORD.
“The conference will evaluate the cultural and political legacies of the Carnation Revolution which brought an end to Europe’s longest dictatorship, ushering in a return to democratic government, and belated independence for Portugal’s African colonies. This event will take an intersectional approach to race and gender inequalities, and explore how these continue to play out to the present day in Portuguese literature and film. There will be UK premieres (with English subtitles) of the films Mulheres do meu País (dir Raquel Freire) and O Que Podem as Palavras? (dir Luísa Sequeira and Luísa Marinho).” in WADHAM
Workshop de Cinema Mobile no Cine Amadora Os artistas Luísa Sequeira e Sama ministram um workshop potencializando a expressão artística na criação autoral de obras ensaísticas e poéticas, abrindo possibilidades para um cinema mais autoral e reflexivo.
Luísa Sequeira é artista, curadora e realizadora. Sama é artista brasileiro e vive em Portugal. Sua produção estende-se às artes visuais, à escrita, à performance, ao teatro, à BD e ao cinema. Fundadores da Oficina Imperfeita. #cinemamobile#cinemaimperfeito#luisasequeira#sama
Para este ciclo, a Luísa Sequeira apropria-se da frase de Sophia de Mello Breyner, A poesia ainda habita as ruas?, para propor uma seleção de temas do exílio e da transgressão, evocando o cinema como arte espectral que nos leva a lugares imaginários e a espaços de memória em trânsito.
Além dos filmes, serão apresentadas duas performances, que abordam práticas poéticas do cinema e dos media emergentes em tempo real.
Sábado 02/03
16h00
Revolução (1975)
Realização: Ana Hatherly
Apresentado pela primeira vez na Bienal de Veneza, em 1976, o filme Revolução (1975) faz parte desse núcleo de obras de curta-metragem. Filmado nas ruas de Lisboa, no pós-25 de Abril, com uma câmara Super 8, documenta os cartazes de propaganda política, os grafitos e os murais de ideologia revolucionária inscritos nas paredes da cidade. A um ritmo veloz, as imagens registadas e a montagem do filme representam exemplarmente a manifestação plural de vozes na cena política portuguesa, bem como a participação coletiva e a euforia contagiante vivida no espaço público. Testemunho evocativo do ambiente social e político que marcou o período revolucionário da história contemporânea portuguesa, este trabalho revela, simultaneamente, a relação da artista com a cidade de Lisboa e o mundo envolvente. Ana Hatherly regista, documenta, atua nas ruas da cidade, posicionando-se criativamente perante as características marcantes da cultura urbana num momento tão significativo da história portuguesa.
Os Cravos e a Rocha (2016) Realização: Luísa Sequeira
Em 25 de Abril de 1974, o iconoclasta cineasta brasileiro Glauber Rocha está em Portugal e entra no filme coletivo da revolução dos cravos As Armas e o Povo. Com o seu olhar estrangeiro e peculiar, rompe com as regras convencionais de se fazer cinema. Sobre este filme, Jorge Campos disse: «A sua participação em As Armas e o Povo (1974), um dos filmes míticos da Revolução de Abril feito por um coletivo do qual faziam parte alguns dos mais importantes cineastas portugueses da altura, não foge a esse registo.» «Sem linguagem nova, não há realidade nova», dizia Glauber. De certa forma, é disso que trata o documentário de Luísa Sequeira Os Cravos e a Rocha, no qual o vemos em ação, porventura dando corpo àquilo que é a chave do seu universo, revelada em epígrafe: «A Política e a Poesia são demais para um só homem.»
A poesia ainda está na rua?
performance de Luísa Sequeira
Duração: 10 minutos
A performance de cinema A poesia ainda está na rua? é uma viagem cinematográfica cosmopoética concebida em tempo real. A partir de um vasto arquivo pessoal e de diversos fragmentos cinematográficos, nesta performance ao vivo emerge um filme-poema. Trata-se de uma montagem ― memória que desafia a estrutura narrativa convencional, quebra a continuidade temporal e desloca as imagens em movimento, dando origem a um novo tempo, a um cinema expandido. Nesta performance, a artista utiliza o próprio dispositivo cinematográfico e tecnológico para refletir no poder da poesia num mundo dominado pela rapidez.
Curadoria do ciclo A POESIA AINDA ESTÁ NA RUA ? Ciclo de cinema e médias emergentes, no âmbito do Ano zero Bienal de Coimbra, curadoria de Luísa Sequeira.
A poesia ainda está na rua? Partimos da frase da escritora Sophia de Mello Breyner, materializada em 1974 pela artista Maria Helena Vieira da Silva, para lançar uma reflexão. A poesia ainda habita as ruas? Este Ciclo de Cinema e Médias Emergentes no Círculo Sereia, comissionado por Luísa Sequeira, cineasta portuguesa, é permeado pelo tema do exílio e da transgressão, evocando o cinema como arte espectral que nos leva a lugares imaginários e a espaços de memória em trânsito. Um cinema que não se deixa levar pela nostalgia, mas que mantém uma fissura aberta para o futuro. Além dos filmes, iremos apresentar duas performances, refletindo nas práticas poéticas do cinema e dos media emergentes em tempo real. Todas as exibições e performances serão ativadas pelo Programa Educativo do CAPC/Anozero’24 junto aos participantes. Por tanto, este ciclo tem uma componente educativa, de formação, de fruição com o público, de preparação para o Anozero’24-Bienal de Coimbra. Todas as atividades são gratuitas e sujeitas a lotação. Luísa Sequeira (comissionada)
Filmes e performances:
Ana Hatherly
José Elyseu
Luísa Marinho
Luísa Sequeira
Sama
Intervenções Samânicas
Sama
Duração: 25 minutos
Performance com o artista Sama (desenhos ao vivo com projeções). Numa ação artística, Sama estabelece um diálogo performativo com frames, áudios e excertos de filmes sobre a Liberdade, desenhando ao vivo numa mesa digitalizadora ou projetor analógico.
[CON] VERSAR
Ação educativa de mediação entre artista e público
Arte Contemporânea e painel do 25 de abril (1974)
Documentário
Realizador José Elyseu.
Duração: 32’37”
Este programa cultural dedicado às artes plásticas, aborda a necessidade de criar um museu de arte contemporânea em Portugal com uma entrevista com José Augusto França, historiador e crítico de arte. A segunda parte do programa apresenta uma montagem de imagens da criação do painel comemorativo do 25 de abril. Esta iniciativa foi promovida pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos na Galeria de Arte Moderna de Belém, no qual um coletivo de 48 artistas se reuniram para pintar, simultaneamente e ao vivo, um painel monumental em homenagem ao 25 de Abril de 1974. A obra, mesmo sendo coletiva, era composta por quarenta e oito quadros, sendo cada um deles creditado a um artista distinto. Participaram artistas como, Emília Nadal, Júlio Pomar, João Abel Manta, Manuel Pires, Nikias Skapinakis, Menez, Vespeira, Costa Pinheiro, Teresa Dias Coelho e Teresa Magalhães. As celebrações foram transmitidas ao vivo pela RTP, mas a transmissão foi interrompida por ordem do MFA e do I Governo Provisório. Isso ocorreu durante uma sátira realizada pelo Teatro da Comuna, que criticava os dirigentes do regime anterior, marcando assim o primeiro ato de censura após o 25 de Abril. Para além da transmissão em direto na RTP, a pintura do painel foi registada por Manuel Costa e Silva, diretor de fotografia, e por Manuel Pires, um dos 48 artistas que também captou o processo de criação do mural. Infelizmente, o mural acabou por desaparecer em um incêndio em 1981.
Foi muito bom participar na primeira edição do ciclo Epoque et Liberté / Belle Epoque e Liberdade, com curadoria de David Pinho Barros, resulta de uma parceria com a Alliance Française Porto.
A primeira sessão foi dedicada à magnifica Alice Guy Bláche <3
A pioneira do cinema Alice Guy realizou mais de mil filmes, destacando-se pela inovação técnica e pelos temas abordados. Muitos dos seus filmes foram creditados a outros, e durante muito tempo, ela esteve à margem da história do cinema. Alice tentou reverter essa situação, mas não conseguiu publicar a sua autobiografia em vida. A mesma só foi publicada sete anos após a sua morte. A vida de Alice Guy Blaché continua a ser um terreno por explorar, havendo ainda muito a descobrir sobre o seu notável percurso no cinema.
Nesta sessão foram apresentadas treze curtas-metragens realizadas no período da Belle Époque que de certa forma refletem o pensamento de Alice Guy.
“Belle Époque e Liberdade resulta de uma parceria com a Alliance Française Porto. Com curadoria de David Pinho Barros a iniciativa arranca a 2 fevereiro, com um programa de treze curtas-metragens realizadas no período da Belle Époque por Alice Guy, a primeira cineasta da história a quem foi dada “autorização” excecional para realizar, num contexto profissional que era, até então, reservado aos homens. Até 1907, Alice Guy dominou a produção na Gaumont (companhia cinematográfica mais antiga do mundo), experimentando truques e efeitos especiais. A sessão será apresentada pela artista, realizadora e curadora Luísa Sequeira.”
Mais informação sobre o ciclo e programa completo:
O QUE PODEM AS PALAVRAS, de Luísa Sequeira e Luísa Marinho, foi o filme português escolhido para estar presente na 13th EU Human Rights Film Day!!! É um enorme prazer fazer parte desta seleção de filmes no 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos!!!
WHAT WORDS CAN DO at the annual EU Human Rights Film Days on the anniversary of the Universal Declaration of Human Rights.
Mais informações em : https://www.eeas.europa.eu/delegations/t%C3%BCrkiye/what-words-can-do_en
Parabéns querida Bárbara! Dia 15 de novembro celebra-se o centenário do nascimento da realizadora Bárbara Virgínia.
Bárbara Virgínia (1923-2015) foi a primeira cineasta portuguesa a realizar um longa-metragem e a única mulher a fazer um filme na época da ditadura de seu país, além de ser também a primeira diretora competindo na edição de estreia do Festival de Cinema de Cannes, em 1946.